VIOLÊNCIA

Fui ao dentista e como eu estava atrasada pra variar fiquei conversando com a Dona Rosa, secretária... e entramos no assunto do menino que teve as agulhas colocadas no corpo... e papo vai, papo vem, - vc veja que absurdo..., - como pode uma pessoa ter coragem..., - tem que matar um ser desse, isso não é gente... Mas então comecei a pensar: Puxa ele é uma pessoa como nós, nasceu como nós, vive como nós, claro neste caso específico o cidadão tem menos cultura, é de classe financeira inferior mas é igual a nós, é ser humano igual.

Este homem que praticou esta selvageria, tinha um relacionamento conjugal péssimo com a esposa, mãe do menino, brigas constantes, agressões, traições, e aí? Vejam, só nesta família são SEIS crianças crescendo com estes exemplos de violência, falta de respeito, etc.

Será que este cidadão não teve esta sementinha da violência plantada nele quando era criança?

Lembra daquela historinha de quando o filho apanha na escola e a mãe fala:
-“Da próxima vez, mete a mão, senão apanha em casa, onde já se viu, deixarem te bater”. ABSURDO 1. Incitando a agressividade, a falta de humildade, paciência...
Ou
- “Não empresta tuas coisas porque vão estragar e eu não vou nunca mais te comprar nada.” ABSURDO 2. Incitando o egoísmo.
Ou
- “Teu lanche é teu lanche, se os amiguinhos não levam o azar é o deles”. EU JURO QUE JÁ OUVI ISSO. ABSURDO 3, Não me pergunte de quem, que nem mortinha eu falo.

É isso mesmo, nós contribuímos para isso.
Em verdade todos nós precisamos nos conscientizar dos quadros de violência que fazemos parte.
A violência das palavras ásperas, das palavras grosseiras, a violência da pornografia.
Se fazemos na nossa casa uma festa e porque estamos na nossa casa ignoramos que os outros vizinhos também estão nas suas casas, fazemos barulho até a hora que bem entendamos porque os outros terão que nos aceitar assim, é violência. Porque se temos direito a fazer barulho em nossa casa, os nossos vizinhos têm direito a ter silêncio em suas casas.
Atitudes violentas junto à família: o esposo machista, violento, grosseiro com a esposa; a esposa patologicamente feminista e que acha que a sua palavra tem que ser a última, não ouve a mais ninguém; as agressões contra os filhos; a pancadaria; as brigas entre irmãos dentro de casa são aspectos os mais variados da violência no cotidiano.

Curioso é que não percebemos que isso é violência.

Parece uma coisa muito normal, muito corriqueira nos agredirmos e depois, tudo parece voltar ao normal. Mas as coisas não voltam ao normal que estavam, nunca mais chegamos ao nível zero. Estamos sempre ajuntando lixo nas nossas relações.
A violência tem começo dentro de nós, estoura nas nossas relações, dentro de casa, no nosso trabalho, com as pessoas com as quais convivemos. Graças a isso é que, a cada dia, a violência aumenta mais.

Então, como fazer para mudar esse quadro que nos incomoda tanto?
Temos que apelar para esse processo de auto-educação. Precisamos aprender a voltar às origens da boa relação e educar nossos filhos para isso.

E sem dúvida a melhor educação que temos que dar para nossos filhos é a EDUCAÇÃO MORAL. O ensinamento de amor ao próximo. SIMPLES. APENAS ESSE.
E qual melhor exemplo que temos para passar à eles e que quase sempre é esquecido? JESUS CRISTO. O melhor e maior exemplo que a humanidade já teve.

Boa semana!

Bjs